Quem trabalha com mídias sociais sabe que o alcance do Facebook caiu drasticamente. Isso ocorreu para forçar as marcas a pagarem para que seus posts fiquem visíveis para toda a audiência da página da marca, a Fanpage.
Afinal, alguém precisa pagar a conta para tudo funcionar.
Para marcas de pequeno porte o custo é alto – já que todo dinheiro é contado -, o que acaba desestimulando investir tempo e energia nesta mídia que já não é lá mais tão boa para quem não tem verba de marketing. Como é o caso dos pequenos negócios e os comércios de bairro: lojas de roupa e restaurantes, por exemplo. Muita agência de pequeno porte teve contratos cancelados por conta disso. A falta de retorno foi sentida nas métricas.
Para todos os posts da Fanpage aparecerem no feed de notícias de 100% da audiência, como era no início, agora só pagando, ou, o usuário deve selecionar a opção “Mais Recentes”, o que mesmo selecionada, o Facebook desmarca depois de alguns dias. Reclamar não adianta, o Facebook sempre faz o que quer, afinal, ninguém pode exigir algo de um serviço que é totalmente gratuito.
Em meio à controvérsia sobre a queda do alcance orgânico na rede, o Facebook Brasil lançou um guia com 10 boas práticas de marca na plataforma, com o objetivo é ajudar agências e empresas de todos os portes a gerar resultados de negócio usando a rede social.
Vejamos a seguir as 10 práticas elaboradas pela Creative Shop, divisão de criação do Facebook Brasil. O manual traz 10 recomendações centrais, todas apresentadas baseadas em cases nacionais e estrangeiros.
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As marcas terão de pagar para aparecer no Facebook, como em qualquer outra mídia. Mas, mesmo pagando, se não criarem um conteúdo excelente, não vão atingir 83 milhões de pessoas. Os usuários simplesmente irão ignorá-las.
1] Uma marca é um ponto de vista
“Não tente agradar todo mundo. Quando uso uma camiseta da Nike ou um celular da Apple, as pessoas olham e entendem o que eu quero transmitir sobre mim. Dove, por exemplo, é a marca que enaltece a beleza interior da mulher. Por isso, todos os posts de Dove devem ressaltar este ponto de vista.”
2] Conte histórias, não apenas fatos
“Ninguém pega o celular antes de dormir e assim que acorda por causa de marcas. No news feed, as marcas competem com histórias reais, com amigos e família. Mas a boa publicidade sempre soube contar boas histórias e, no Facebook, não é diferente. Certas coisas nunca mudam.”
3] Gatos: use apenas se você vende ração para eles
“As marcas não estão no Facebook para ganhar likes, e sim para gerar resultados de negócio. Todo mundo faz post baseado em datas especiais, mas todo dia do ano é dia de alguma coisa. Faça apenas se a data for importante para a sua marca ou crie uma nova data comemorativa.”
4] Explore o poder das imagens
“Isso é essencial. Além disso, nunca faça um banner no Facebook – é o pior tipo de banner que existe, porque ele nem se mexe. Ao longo do tempo, nós fomos treinados para ignorar banners, e nosso algoritmo penaliza gravemente quem é marcado com um ‘Não quero mais ver isto’. Faça uma imagem linda, marcante, ou invista em fotos que seus amigos poderiam ter feito. Ben & Jerry faz isso com consistência e muito bem.”
5] Texto? Curto
“Um estudo mostrou que o post de uma pessoa comum tem, em média, 16 palavras. O post mais compartilhado da história, comemorando a reeleição de Barack Obama, trazia uma imagem maravilhosa, que a equipe guardou para aquele momento, e apenas três palavras: ‘Four more years’ [Mais quatro anos]. É legal deixar espaço para a imaginação.”
6] Mobile ready? Mobile best
“Hoje, o Facebook tem 58 milhões de usuários ativos mensais em mobile no Brasil. Mas as marcas devem pensar no device usado, porque nosso algoritmo também decide se vai mostrar algo ou não pelo por ele. Em feature phone, não dá para mostrar imagem. Sugiro ainda fazer vídeos nativos – eles têm alta taxa de play. Se você jogar o cara para fora, ele pode ter de pagar para ver o vídeo. Também recomendo segmentar post: por exemplo, só quero exibir para quem estiver no Wi-Fi.”
7] Criador e curador de conteúdo
“Não se trata apenas de criar conteúdo. Muitas marcas fazem um ótimo trabalho de curadoria, com uma equipe que procura e edita histórias de pessoas reais envolvendo a marca. O Instagram de Coca-Cola é só curadoria, é 100% feito por consumidores.”
8] Consistência, consistência, consistência
“Não conte uma história apenas uma vez. Seja consistente, senão a mensagem não fixa. Harley Davidson sempre coloca uma mulher em suas imagens, e vai repetindo aquilo. Deste jeito, a mensagem que ela quer passar acaba entrando no imaginário dos consumidores.”
9] Arte + ciência
“Numa plataforma tecnológica, você pode usar as ferramentas disponíveis para entender o seu público. Também pode testar, entre poucas pessoas, qual post causa mais impacto. Só mudar as cores usadas já faz toda a diferença: para vender mais, os players de e-commerce fazem testes o tempo todo. E, é claro, você deve segmentar os seus posts. O X-Tudo da Rocinha não tem verba para anunciar na Globo, mas pode impactar toda a sua comunidade com um bom conteúdo no Facebook.”
10] Entregue o conteúdo certo às pessoas certas
“É errado falar com 83 milhões de pessoas do mesmo jeito. Nesta plataforma, você pode falar para nichos ou fatiar o seu público. As mães não são todas iguais: um post para uma mãe de bebê deve ser totalmente diferente de um post para a mãe de uma criança de até três anos. E para mãe de adolescente, mais ainda! Fatiando a audiência, também é mais fácil deixar o usuário com aquela sensação: ‘Este post foi feito para mim!’, o que é excelente para a marca.”
Fonte: Proxxima